O XVI Congresso do partido socialista acabou. É tempo de fazer o balanço. Quais foram as ideias e os projectos que dali resultaram? O que se debateu? Que linha de rumo foi apontada? Para além do “show off” e do “fait divers” mediáticos (sem dúvida o congresso mais mediatizado de que há memória) pouco mais há a salientar de politicamente relevante. De sexta-feira a domingo, contam-se pelos dedos das mãos os acontecimentos dignos de registo. Talvez o mais significativo se prenda com as ausências de Manuel Alegre e de João Cravinho (ausências eloquentes) e o anúncio de Vital Moreira como cabeça de lista para as eleições europeias (aceno ao eleitorado de esquerda). No resto, imperou a previsibilidade: a teoria da campanha negra, a aclamação subserviente do líder, os discursos da concórdia. O único imprevisto foi o apagão de sábado à noite, talvez a metáfora perfeita do enorme apagão de ideias e do deserto que se estende cada vez mais no reino em que José Sócrates se transforma em soberano absoluto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário