domingo, junho 28, 2009

homenagem à mãe

Há casos e acasos, cursos e percursos. A vida humana está cheia deles. Por mais que a queiramos determinar, por melhor que a planeemos ou nos esforcemos por circunscrevê-la nos estreitos limites da agenda, ela sempre transborda ao sabor dos encontros fortuitos e inesperados. Quando tal acontece, o melhor, eticamente falando, é estar disponível para os integrar na teia complexa de que nos vamos fazendo. A disponibilidade para o outro deve merecer de cada um de nós o cuidado especial que nos torna verdadeiramente humanos. Essa aprendizagem devo-a não aos mestres do saber e da ciência; devo-a sobretudo a uma mestra da vida a quem chamo mãe, apesar de já ter morrido, e que por acaso era analfabeta. Presto-lhe, com estas palavras, a justa homenagem que em vida nunca lhe soube fazer. Obrigado por tudo.

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