Não há volta a dar-lhe. O caso dos projectos de arquitectura assinados pelo engenheiro técnico José Sócrates, alegadamente executados por si mesmo, é um daqueles casos em que se sai sempre a perder. Bem pode o primeiro-ministro bradar ao céus que se trata de mais uma tentativa de ataque pessoal ou de assassinato político. Vem dar ao mesmo. Como dizia o poeta-cantor Jim Morrison, vocalista dos “Doors” – “daqui ninguém sai vivo”. Das duas uma: ou cometeu uma ilegalidade (jurídica ou moral), assinando projectos executados por técnicos da Câmara da Guarda, os quais posteriormente se encarregavam de vistoriar e aprovar; ou foi o autor dos projectos que, concretizados em obra, deram em aberrações estéticas, conforme ficou testemunhado em inúmeros "posts" e páginas de jornal.
Em ambos os casos, nada há nisso que se possa orgulhar. Pelo contrário, ética ou esteticamente, só merece repúdio ou condenação. Nem mais, nem menos. Para quem evoca a ética da responsabilidade, está na hora de assumir as consequências dos seus actos. Se a sua moral não chega a tanto, assuma a vergonha das obras que concebeu.
Em ambos os casos, nada há nisso que se possa orgulhar. Pelo contrário, ética ou esteticamente, só merece repúdio ou condenação. Nem mais, nem menos. Para quem evoca a ética da responsabilidade, está na hora de assumir as consequências dos seus actos. Se a sua moral não chega a tanto, assuma a vergonha das obras que concebeu.
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